Vinícius, do MBL, e Ivan Duarte, vereador do PT

Há cenas que retratam uma época. A foto acima, por exemplo. De um lado, vereador Ivan Duarte (PT), a poucos anos de tornar-se sexagenário. Do outro, o servidor Vinícius Hax, do Movimento Brasil Livre (MBL), 30 anos de idade.

No entorno do chafariz das Três Meninas, no calçadão da Andrade Neves, Vinícius e outros jovens do MBL entregavam panfletos defendendo o impeachment de Dilma quando um grupo de petistas chegou e deu início a provocações que resultaram em constrangimentos e até agressão física.

Por mais que o PT pretenda impedir o contraditório, por mais que insista em deter o fluxo da história, a vida se renova e, como ensinam os orientais, é preciso morrer para renascer, às vezes morrer muitas vezes ao longo da existência.

"O Popular" é uma das famosas crônicas do Veríssimo. Nela, o escritor gaúcho tenta definir o que é "um popular".

Veríssimo escreve que "o popular nunca dá entrevista, ele está sempre atrás do entrevistado", o conhecido papagaio de pirata. 

Popular, para V, é aquele sujeito alheio ao fato histórico, que não é protagonista de nada, apenas habita a borda dos acontecimentos, parado, olhando, vindo e indo não se sabe de onde nem pra onde, às vezes carregando alguma sacola, como o homem de azul na foto do confronto entre apoiadores do PT e pessoal do Movimento Brasil Livre.

Homem de azul é o verdadeiro popular

Rui Falcão vai à TV a partir desta terça defender Lula, argumentando, entre outras coisas, que o ex-presidente "é vítima de preconceito".

O presidente do PT erra a mão. O povo já não tem "pré-conceito", mas sim um conceito formado, e muito bem formado, sobre Lula. 

Falcão

A vingança é um dos quatro ou cinco temas básicos sobre os quais todas as obras de ficção são produzidas. Os outros são sexo, dinheiro, poder e mais um que não lembro.

Um dos episódios do filme

Lá entre os 15 e 18 anos de idade, fiz amizade com Norberto Farina, de Bagé. Eu viajava a Bagé e ficava no apartamento dele e de sua mãe, Marly, anfitriões nota 1000 num prédio azul da rua General Osório. Graças ao Facebook, reencontrei "Monstrinho", apelido do cara na época. Ele é músico e vive em Barcelona. Há pouco recebi dele um vídeo de uma banda tocando na Festa Mediterrânea em Barcelona. Ele veste camiseta preta e calça bege e toca o baixo - aparece ao fundo da cantora, na imagem inicial do vídeo. Compartilho com vocês.

Após concluir Súplicas Atendidas, de Truman Capote, e por causa do americano, que respeitava Isak Dinesen, estou submerso nas páginas de A Fazenda Africana, da escritora dinamarquesa. Segue, abaixo, trecho do livro - e fotos da autora, nascida em 1885 e morta em 1962, uma preciosidade da vida e da cultura.

Isak Dinesen

Estou terminando o livro inacabado de Truman Capote - Súplicas Atendidas, publicado após sua morte. Mais que um escritor, o baixinho era um artista. Me arrisco a dizer: quem sabe reconhecer textos de primeira, e depara com o autor sulista americano, compreende em definitivo a diferença, num escritor, entre bater à máquina e a verdadeira arte. Abaixo, divido com vocês um trecho da obra:

Capote e a atriz Jennifer Jones

Trecho de Súplicas Atendidas, de Truman Capote

WhatsEntrevista: Eduardo Leite, PSDB

Mais: Pelo face, Leite desafia coerência do PT

A Procuradoria da República informou nesta terça (24) que vai recorrer à justiça gaúcha contra a decisão de primeira instância, de 18 passado, que negou provimento à Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal contra os seguintes réus: imobiliárias pelotenses Fuhro Souto e HFM, construtora Capamax, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O nome do juiz, que nesta instância inicial votou a favor dos réus, é Everson Guimarães Silva, lotado em Pelotas. Até a decisão de segunda instância será um processo lento, demorado, como foi esta fase inicial.

Última atualização: 00h36 de 17/11/2015

Desde que retomamos a linha investigativa e crítica, a audiência do Amigos de Pelotas vem em linha ascendente. 

Só nesta segunda feira, até a meia-noite, o site foi acessado por 3.032 endereços diferentes de computador, os chamados IPs. E, vale lembrar, atrás de cada IP pode haver mais de um computador em rede. No total, foram 6.615 visualizações da página. 

Muito obrigado a todos.

Rubens Filho, editor

Chafariz da praça (Coleção RF)

Nesta segunda, é provável que na imprensa haja matérias sobre o fim da feira do livro, destacando o de sempre: o volume de livros vendidos. Mas o evento é mais rico que isso. 

Durante seus 15 dias, na praça Coronel Pedro Osório, pelotenses de todas as classes sociais conviveram amistosamente no mesmo espaço público, como ocorria nos carnavais de antigamente. Conhecemos então pessoas em quem nunca pousamos os olhos no dia-a-dia. 

Há um vivido que não se mede em números ou cifras. 

Picasso

As alunas dos cursos de Teatro e Dança da UFPel que, a pretexto de um 'protesto contra o machismo', urinaram peladas sobre as escadarias do Instituto de Ciências Humanas e também em baldes, para depois jogar o líquido sobre as paredes da universidade, mexeram com alguma coisa em minha memória, eu não sabia com o quê. Ontem tive o estalo...

Em 1941, Pablo Picasso escreveu um texto teatral intitulado O Desejo Pego pelo Rabo. Na peça, uma personagem, La Tarte, urina em cena durante dez minutos seguidos, acocorada sobre o alçapão do ponto.

Quando a peça foi encenada a primeira vez, para conseguir a façanhosa micção, a atriz precisou ingerir litros de chá e abundantes infusões de cerejas. Com o tempo, sem condições de repetir a proeza, passou a urinar menos tempo no palco. 

Reza a lenda que a faxineira do teatro pediu demissão por não suportar o mau cheiro da madeira entranhada.