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Cresce movimento de caminhoneiro por renúncia de Dilma
O PT, um partido que surgiu do movimento sindical, agora se depara com dois movimentos de trabalhadores até então inesperados justamente no momento em que vê arrefecer, no Congresso Nacional, a temperatura do impeachment de Dilma Rousseff.
A greve dos trabalhadores da Petrobras e de caminhoneiros autônomos causam preocupações diferentes, mas ambas com potencial para gerar mais danos à imagem da presidenta petista.
As paralisações dos caminhoneiros já atingiram até o início da tarde desta segunda-feira as rodovias de ao menos nove dos 27 Estados do país.
Em alguns locais houve concentração em acostamentos, em outros, bloqueios das estradas. Conforme o Comando Nacional do Transporte, o grupo independente que organiza os protestos, a greve foi registrada em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte e Tocantins.
A principal demanda do grupo é a renúncia da presidenta Dilma Rousseff. Nenhuma pauta de reivindicações foi apresentada ao Governo e as principais entidades que representam os caminhoneiros não apoiam a paralisação.
A gestão Rousseff caracterizou a greve como pontual e que ela tem como único objetivo “desgastar o Governo”. “Se nós tivermos uma pauta de reivindicações o Governo Dilma sempre estará aberto ao diálogo. Uma greve que se caracteriza pelo único objetivo de gerar desgaste ao Governo é uma greve que não vai de encontro aos interesses dos brasileiros, da sociedade”, afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
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João - 10/11/2015 - 11h23
"Se nós tivermos uma pauta de reivindicações o Governo Dilma sempre estará aberto ao diálogo." Que diálogo??? Para quê diálogo??? Quantas coisas já foram pedidas em todas estas manifestações e o governo diz que vai fazer e no fim não faz nada, porque não é do interesse dele. O que interessa ao PT é só se manter no poder a qualquer custo e somente com o que ele acha certo. -
José Duval - 10/11/2015 - 08h43
É interessante notar que os sindicatos, que deveriam representar os caminhoneiros, são contra a paralisação. Ou seja, esses sindicatos pouco se importam com aqueles que eles supostamente representam. O mesmo ocorre em outros sindicatos e, mesmo, diretórios estudantis: estão todos preocupados em representar a si mesmos e aos seus próprios interesses (muitos são, aliás, comprados - pagos para se alinhar ao governo). Sem falar que tradicionalmente esses sindicatos e diretórios estudantis são tentáculos de partidos políticos, em geral, de esquerda. Sinceramente, em minha opinião sindicatos e diretórios estudantis (e outras entidades supostamente representativas) perderam toda credibilidade. Estão de parabéns os caminhoneiros que assumiram eles mesmos a defesa de sua causa. Os demais grupos (estudantes, por exemplo) deveriam fazer o mesmo: repudiar seus representantes e a influência de partidos políticos, com suas ideologias e bandeiras.
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