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Cultura | 09.03.2016 - 14h36
No barbeiro
Só o barbeiro
julga que adormeço
saboreio o tempo
Sigo as bicadas
a desenharem-se no pescoço
à sombra das orelhas
rio com cócegas
vejo
como na infância
a mão pousando a tesoura em forma de A
ouço falar de jogos
E adormeço
António Reis,
em Poemas Quotidianos