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  • Pelotas | 27.01.2016 - 15h42

    O fotógrafo Augusto Amorety em Pelotas (parte 1/2)

    A. F. Monquelat

    Do blog Pelotas de Ontem

    Em 23 de janeiro de 1876 era anunciada a abertura do atelier do Sr. Augusto Amorety, “hábil e distinto fotógrafo” já vantajosamente conhecido pela perfeição de seus trabalhos.

    Seu estabelecimento era recomendado pela boa técnica e acabamento de seus trabalhos. Além de tirar retratos por todos os sistemas conhecidos, o Sr. Amorety tirava-os instantaneamente bem como os de crianças, qualquer que fosse a idade, com perfeição e nitidez.

    A oficina fotográfica de Augusto Amorety

    Estava estabelecida, a bem conceituada oficina fotográfica do Sr. Augusto Amorety, à Rua General Neto nº 46.

    À frente estava o gabinete particular de trabalho e, em seguida, a galeria onde estavam expostos diversos trabalhos fotográficos.

    Ao fundo estava um lindo chalé, que servia de atelier para tirar os retratos. Estava bem mobiliado e com lindos acessórios. Ali se achava também a câmara escura.

    Possuía o Sr. Amorety as seguintes máquinas fotográficas: três máquinas objetivas de Ross, Londres; três de Dallmeyer, Londres; sendo duas para vistas e uma para extra chapa; uma máquina para estereoscópico, de Darlot; quatro prensas para retratos, de diversos fabricantes e tamanhos, e um retocador.

    Uma das especialidades do Sr. Amorety era o retrato em porcelana.

    Os trabalhos deste fotógrafo foram premiados com medalha de ouro na Exposição Brasileiro-Alemã, de Porto Alegre.

    O Sr. Amorety era brasileiro e estava estabelecido em Pelotas desde o ano de 1876, ano em que adquiriu o atelier fotográfico do Sr. Baptiste Lulhier, localizado à Rua Sete de Setembro nº61, sendo figura já bastante conhecida, como fotógrafo, na Província.

    Dia 27 de setembro de 1878, o Sr. Augusto Amorety expôs em sua vitrina, à Rua Sete de Setembro, “uma importante vista fotográfica”, em ponto grande, representando o aspecto da multidão em frente à Câmara Municipal, no dia 25, por ocasião dos primeiros festejos ao Sr. Dr. Barcelos.

    Segundo a imprensa da época, aquela era uma foto exata e de excelente efeito.

    Destacava-se perfeitamente a figura do Dr. Barcelos na portaria da Câmara, e de outras muitíssimas pessoas, que formavam o imenso grupo.

    Aos apreciadores, a imprensa recomendava àquele trabalho que em qualquer época seria uma agradável recordação daqueles momentos de regozijo.

    O Jornal do Commercio de 30 de outubro de 1879 comunicava aos seus leitores, que A Photographia, de Augusto Amorety  mudara-se para a Rua General Neto nº 33, estando aquele estabelecimento montado à capricho, podendo assim garantir a perfeição de seu trabalho. 

    Aos 29 dias do mês de janeiro de 1880 o Jornal do Commercio comunicava aos seus leitores haver em Pelotas um estabelecimento de fotografias, no qual eram tirados os retratos pelos sistemas mais modernos e com a máxima perfeição. Este estabelecimento, dizia o jornalista, pertencente ao Sr. Augusto Amorety que se achava situado à Rua General Neto nº 33, recomendava-se pelo conjunto de suas bem combinadas disposições para o fim a que se dedicava, com verdadeiro amor pela arte.

    Constava de uma câmara solar de reflexão, cuja máquina de grande força aumentava ao tamanho natural os próprios retratos em miniatura.

    O Atelier Vitrô, propriamente dito, era engenhosamente combinado para produzir as diversas vistas de paisagem, salão ou outros cenários, que figurassem no fundo dos retratos.

    As máquinas de fotografar e todos os seus acessórios eram do aperfeiçoamento mais moderno e, por isso,  suficiente para produzir os melhores resultados na arte de Daguerre, elevada a tão grande altura.

    A galeria de retratos, na maior parte de pessoas conhecidas da sociedade pelotense, era um ornamento artístico que prendia a atenção do visitante naquele atelier.

    Uma sala de espera, de um gosto aprimorado e modesto ao mesmo tempo, oferecia um cômodo de estar às famílias que quisessem utilizar os trabalhos que o proprietário do estabelecimento se propunha executar à vontade do público.

    Brevemente a atual vitrina seria transformada em uma nova e mais aparatosa exposição, na qual figurariam os últimos resultados obtidos pelo que havia de mais moderno em trabalhos de fotografia.

    O jornal tinha o prazer de recomendar ao público, especialmente ao “belo sexo”, o atelier fotográfico do Sr. Augusto Amorety.

    Pelotas na exposição é o título da matéria publicada no Correio Mercantil de setembro de 1881, na qual é dito que os trabalhos de fotografia remetidos pelo Sr. Amorety para a Exposição de Porto Alegre faziam jus ao seu atelier, muito mais porque não eram trabalhos feitos especialmente para concorrer àquele torneio de artistas e agricultores.

    As fotografias escolhidas estavam colocadas em um grande quadro, com moldura dourada. Estas eram amostras tiradas aleatoriamente das coleções de retratos, do seu estabelecimento fotográfico, justamente conceituado.

    A parte central do quadro era ocupada por um retrato oval, em ponto grande, busto notável pela perfeição dos retoques, pela distribuição suave da luz e pelos detalhes artísticos aproveitados sem o menor descuido.

    Como que formando um cortejo a este excelente retrato, encontravam-se em torno dele mais dez retratos modelo Rembrandt, quatro carton promenade, quatro cabinet e dois ovais, informava o jornalista.

    Estes dez retratos eram, em geral, de uma semelhança notável, de uma nitidez e correção artística que faziam honra ao “distinto expositor”.

    Em molduras separadas, remeteu o Sr. Amorety duas belas fotografias, formando “uma graciosa coleção”.

    Uma delas representava duas crianças sentadas às bordas de um lago, que lhes refletia as imagens, seguindo com inocente curiosidade o curso vagaroso de um navio, que fundia mansamente as águas tranquilas. No outro se viam três crianças embarcadas em um elegante barquinho, amarrado a uma das margens arborizadas do lago.

    A reflexão deste grupo no espelho das águas era de um belo efeito e de uma completa ilusão.

    Os dois quadros eram em ponto grande.

    No mesmo gênero, em cartão promenade, expunha também o Sr. Amorety uma bela fotografia, representando um quadro campestre à beira do rio.

    A suavidade dos panoramas reproduzidos com uma fidelidade admirável fazia honra ao artista e bastavam para firmar o crédito do estabelecimento.

    Concluindo a matéria, o jornal felicitava o Sr. Amorety, a quem com certeza estaria reservado um lugar de destaque na Exposição Brasileiro-Alemã.

    Continua...

    Fonte de consulta: Bibliotheca Pública Pelotense - CDOV e acervo de A.F. Monquelat / Revisão do texto e tratamento de imagem: Bruna Detoni

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