• Pelotas
  • RS
  • Brasil
  • Mundo
  • Opinião
  • Cultura
  • Vídeos
  • Galeria
  • Equipe
  • Contato
  • Pelotas, Opinião | 15.02.2016 - 22h02

    O frio silêncio de Eduardo Leite

    Nossa Opinião

    Última atualização: 13h41 de 16/02/2016

    Um repetido comportamento da atual Administração: quando confrontado com acontecimentos negativos para sua gestão, como a morte do operário do Sanep Jorge Luis Coutinho, soterrado em serviço há alguns dias (primeiras informações indicam negligência operacional como causadora do acidente fatal), o prefeito Eduardo Leite se cala. Nesse quesito - o silêncio -, o tucano se irmana ao morto. Sua não-voz, porém, é abafada não pela terra, mas pelo que parece ser medo.

    É uma postura que não combina com outras atitudes do prefeito, como, por exemplo, o corte de verba do Carnaval, que exigiu coragem de sua parte numa cidade acostumada a curvar-se ao feudo dos carnavalescos. Leite é corajoso na ação, mas frio na inteligência; não revela a mesma coragem na hora de enfrentar revezes. 

    No caso do operário, o prefeito deveria ter se manifestado ao menos para anunciar uma sindicância. Ou tomar alguma atitude mais radical, como afastar o diretor-presidente do Sanep. Mas não. Mais uma vez, ante problemas em sua gestão, o tucano trava. Sua voz desaparece, sua figura some. Sequer uma nota oficial foi liberada sobre o caso de Jorge Luis. Foi assim também em outros casos.

    O tucano provavelmente considere que é ruim para ele ficar se explicando. Político não gosta de se explicar. No caso de Leite, sua estratégia tem sido criar um novo fato positivo que faça esquecer do fato ruim.

    Leite manteve igual silêncio diante do aluguel de prédios ociosos pela prefeitura. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público. A prefeitura gastou, por exemplo, algo como R$ 1 milhão pelo aluguel do imóvel da antiga Coopebra; locado há dois anos, o local permanece sem uso há 24 meses.

    O estrondoso silêncio oficial diante dos fatos negativos faz mais mal do que bem a Leite. No caso do operário, a mensagem que passa é de insensibilidade. Pior, de egoísmo. Deduz-se que não fala porque não quer ver sua imagem utilizada negativamente na campanha eleitoral pelos opositores - ele tentará reeleição em outubro. 

    Leite estaria, assim, pensando tão só em si mesmo. Não deveria, contudo, temer a exposição. Calar diante da morte neste caso é uma atitude fria que faz imaginar um político escravo da ambição.

    CPI vai investigar morte de operário e condições de segurança no Sanep


    Leia Mais

    Reydams ameniza declaração sobre morte de operário

    Não sei o que é mais triste

    Prefeitura chama 4 aprovados na área da Saúde

    Luciane Kantorski será vice de Mauro Del Pino

    Violência Simbólica: O crime perfeito

  • Sobre nós
    • Equipe
    • Fale Conosco
    • Anuncie
  • Colunistas
    • A. F. Monquelat
    • Cal Lightman
    • Daniel Giannechini
    • Déborah Schmidt
    • Marcos Macedo
    • Montserrat Martins
    • Nossa Opinião
    • Rubens Amador Filho
    • Said Anton
    • Sérgio Estanislau
    • Vivi Stuart
  • Seções
    • Pelotas
    • RS
    • Brasil
    • Mundo
    • Opinião
    • Cultura
    • Vídeos
    • Galeria
    • Equipe
    • Contato