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Brasil | 04.12.2015 - 22h29
A motivação de Cunha é o que menos importa
Em sua coluna no Estadão, Dora Kramer acerta em cheio no paralelo que estabelece entre Eduardo Cunha e Pedro Collor, o irmão de Fernando que, com suas denúncias, terminou por detonar o impeachment do ex-presidente, em 1992. Observa Dora:
"A motivação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para aceitar o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff é o que menos importa de agora em diante. Tenha sido técnica ou vingativa a decisão estabeleceu um fato e é este que prevalecerá sobre as razões de Cunha. Do mesmo modo, há 23 anos, quando Pedro Collor denunciou a existência de traficâncias no governo do irmão, Fernando, foi acusado de agir motivado por ter sido preterido na partilha do butim e também em reação à suposição de que o então presidente da República teria tido um envolvimento com a cunhada Thereza. Além disso, Pedro foi apontado como portador de perturbação mental. Logo, porém, tudo isso virou acessório e às versões laterais se sobrepôs o fato principal: o andamento do processo de pedido de impeachment."
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